segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Urbanalicidades




Urbano
     Pano
Planos Urbanos
Calor, abano
Urbano afano
Da calma

Fio, asfalto, cano,
Crack, trafego,pó, trafico
Tudo é engano.
Pano na dor
Ainda é dor.
Dor
Dor
Dor
Ior
Io
Io
Io
Io
Ambulância
É coisa urbana
A morte não.
Insano vai e vem
A vida
 O urbano desdém.
Entre o humano e o profano
 Caos é crença sem dano
O plano urbano é
 Crescer


Sem plano.





 Arte de

Juan Esteves http://juanesteves.com.br/profile.html

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Quarto de fumaça





O cinzeiro veste roupa imprópria
É meu corpo queimado ja fumado
Os restos de luz montam o quarto
Sem cama ou lembrança de cruz quebrada
Presente palecido, carregado no peito
Voa agora o lábio seco
Em outros ares, ainda lábio
Cena de novela
Enfivela o ceticismo 
Já que amei, armei degregos
Armei adeus
Voa sem vento o pensar
Tive azar e tu ventania
Life is a pigsty
Não amanhece a saudade
Prisioneira bate nas paredes, risca-as
Arranhas, laceia
Na ceia torpe servida em uma esquina viciada
São calendário de tua falta
Armei as grades que me encerram
E cerram meu respirar
Quanto de destino há no veneno do não?
A cicuta aumenta o efeito 
Quanto mais o adeus se estrada
Armei como amei
Sofro como choro
Encharco a safra de sofreres
Enfumaço o enfadonho despertar 
A cada segundo moribundo por estar vivo
Fumo o sumo da minha designorância
E como insumo padeço triste