sábado, 30 de julho de 2016

Entre deuses e juízes.




Era uma vez uma terra chamada Prasil, lugar onde o bom povo adveio de muitos ancestrais, miscigenando-os. Lá tudo se plantando da e esta abundância fez crescer também os espertos de plantão. Para combater tal praga que corroía o povo e entristecia seu semblante, criou-se os superiores, e divinos Juízes.

Dizem que este papo não era bem assim, deviam apenas fazer cumprir as regras, mas com o tempo seus poderes contaminaram seus juízos e de porta-vozes de regras e leis passaram a condenadores lentos e confusos. Os do norte liam de ponta cabeça o que os do sul escreviam de lado. Outros do juramento se esqueciam e se achavam extraterrestres, acima da estratosfera e das leis que lidavam.

Dizem que seu sangue era psicodélico multicolorido, mas suas roupas eram pretas como a morte, pois assim a ela se assemelhavam, ou seja, lentos progressivos e fatais.

De Tv e mídia adoravam, pois só julgavam com destreza casos de vulto, que envolviam pessoas públicas, já o caso dos proletários, a gaveta era sua cova.

  Raffaello Sanzio The Judgment of Solomon

Em seus devaneios criaram até uma língua nova, chio de fru frus e palavras malucas, seus críticos diziam que era uma escrita proposital para separar os mortais de sua sapiência dos reles mortais.

Envoltos em papeis mil, a todos julgavam e em seus cursos de formação os noviços e possíveis juízes, chamados advogados, aprendem no primeiro dia de aula a se verem com a nata de uma sociedade bronca.

Reza lenda que em uma cidade do Sul chamada Camapuã um grupo de bombeiros acionou seu empregador nesta justiça, reclamando o certo, um destes heróis do fogo, para o além já partiu na espera da decisão de um tal juiz chamado Luiz Tatávio Brega Chuchu.

E como esta muitas outras lendas aconteciam, desafiando o tempo.

Por fim, o povo sofrido esperava cifras e heróis para um final feliz poder escrever.











Arte: Raffaello Sanzio The Judgment of Solomon